FAB impõe sigilo sobre custos de voo que trouxe ex-primeira-dama do Peru ao Brasil
A Força Aérea Brasileira (FAB) decretou sigilo de cinco anos sobre os custos da operação que trouxe ao Brasil a ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, condenada por corrupção.

Ela recebeu asilo diplomático do governo Lula em abril deste ano e desembarcou em Brasília no dia 16 de junho. Questionada pela imprensa, a FAB afirmou que os dados são confidenciais por se tratarem de informações estratégicas das Forças Armadas.
A medida de sigilo foi oficializada pelo gabinete do Comando da Aeronáutica e assinada pelo tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, com base na Lei de Acesso à Informação. A justificativa foi de que os detalhes da operação são considerados “essenciais para os planos estratégicos das Forças Armadas”, o que impossibilita a divulgação pública, mesmo mediante solicitação formal via LAI.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, defendeu a ação do governo brasileiro, alegando que a retirada de Nadine foi feita por razões humanitárias e com anuência do governo peruano. Ele afirmou que o uso da FAB foi necessário para garantir a segurança da operação, sendo “a única forma viável de assegurar sua saída rápida e protegida do país”.