Infartos em jovens disparam no Brasil e preocupam especialistas: aumento de 180% em 24 anos
Dados do Ministério da Saúde revelam um crescimento alarmante nas internações por infarto entre brasileiros com menos de 40 anos: entre os anos 2000 e 2024, houve um aumento de 180% nos registros.

A taxa, que no início do século era inferior a dois casos por 100 mil habitantes, hoje se aproxima de cinco por 100 mil. O salto expõe uma tendência silenciosa, mas crescente, que coloca em xeque a saúde cardiovascular da população jovem, tradicionalmente associada a menor risco para doenças do coração.
De acordo com especialistas, esse avanço está diretamente ligado a mudanças no estilo de vida. Sedentarismo, alimentação inadequada, obesidade, consumo de drogas, uso indiscriminado de anabolizantes e o tabagismo são os principais vilões apontados pelos cardiologistas. A preocupação é ainda maior porque, ao contrário dos idosos, os jovens não costumam desenvolver a chamada circulação colateral — uma rede de vasos que pode compensar bloqueios repentinos nas artérias. Sem esse mecanismo de defesa natural, o impacto de um infarto precoce tende a ser mais devastador, com maior risco de sequelas e morte súbita.
O cenário acende um alerta urgente para a necessidade de conscientização e prevenção precoce. Mudanças simples, como adoção de hábitos alimentares mais saudáveis, prática regular de exercícios físicos e abandono do cigarro, podem reduzir significativamente os riscos. Especialistas também ressaltam a importância de acompanhamento médico regular, especialmente para jovens com histórico familiar de doenças cardiovasculares.