Mulher que sumiu em aeroporto após chegar da Colômbia teve corpo carbonizado e jogado em fornalha, diz polícia
Segundo a polícia, ela foi morta e teve restos mortais ocultados em laticínio de um dos dois presos.

A Polícia Civil anunciou que concluiu as investigações sobre o caso de Lilian de Oliveira, de 40 anos, que sumiu após chegar no aeroporto de Goiânia após viagem a Colômbia. De acordo com a corporação, ela foi assassinada, teve o corpo carbonizado e jogado dentro da fornalha de um laticínio, pertencente a um dos suspeitos do crime. Ele e um comparsa estão presos.
De acordo com as investigações, o laticínio pertence ao empresário Jucelino Pinto Fonseca, apontado como mandante do crime. Ele teria perdoado uma dívida de R$ 20 mil do amigo Ronaldo Rodrigues Ferreira, desde que ele matasse Lilian.
O delegado Thiago Martimiano, responsável pelo caso, disse que Ronaldo confessou ter matado Lilian com uma marretada na cabeça e que em seguida, com o auxílio de Jucelino, incinerou o corpo.
"Os objetos pessoais foram todos queimados. Depois tiraram as cinzas, colocaram em um carrinho e descartou no mesmo local onde são descartadas as cinzas do laticínio. É impossível [localizar os restos mortais]", disse.
Anteriormente, o escritório Siffermann e Rocha Advogados Associados, representava os dois presos. Mas no domingo (14), enviou um posicionamento dizendo que faz a defesa somente de Juscelino e que só vai se manifesta após a conclusão da investigação "em respeito ao sigilo decretado nos autos".
Já o agora advogado de Ronaldo, Divino Diogo Leite, havia dito que quem cometeu o crime foi Jucelino.
Caso extraconjugal
Conforme a polícia, Juscelino afirmou que manteve um relacionamento extraconjugal com a vítima e que se sentia “feito de bobo” por ela já estar com outro relacionamento. Além disso, o homem alegou que estava sendo chantageado por Lilian.
Lilian, de 40 anos, desapareceu no dia 13 de fevereiro, após voltar da Colômbia, onde estava morando, e desembarcar em Goiânia. Uma câmera de segurança registrou quando ela entra em um carro. Depois disto, ela não foi mais vista.
O delegado disse que foi Ronaldo é o motorista do carro visto buscando Lilian logo após a chegada dela no Brasil. No caminho, o homem explicou como cometeu o crime.
"Entre Goiânia e Bela Vista, a Lilian dormiu por causa da viagem. Ele parou o carro e desferiu um golpe de marreta na cabeça dela. Ela desfaleceu e ele já tinha combinado com o Jucelino de que ia levar o corpo ao laticínio", afirma.
Ronaldo afirmou que Lilian morreu logo após o único golpe. Em seguida, ele parou o carro em um lixão pois já havia combinado com Jucelino de que só levaria o corpo mais tarde, quando o expediente do laticínio já tivesse sido encerrado.
Dívida e chantagem
Segundo o delegado Thiago Martimiano, Jucelino é casado, mas manteve um relacionamento com Lilian, com quem teve uma filha. Porém, atualmente, ela estava vivendo na Colômbia e estava se relacionando com outro homem.
“O Jucelino mostra um misto de sentimentos. Ele diz que nutria um afeto pela Lilian, mas, nas palavras dele, era feito de bobo, pois estava mantendo a filha e, eventualmente a Lilian, financeiramente, e ela já estava com outra pessoa e isso, nas palavras dele, o magoava muito. Além disso, ele se sentia extorquido e chantageado, pois a Lilian poderia dizer algo para a esposa dele, que não sabia tanto da existência do relacionamento quanto da filha que eles tinham”, contou o delegado.
Diante dessa situação, segundo o delegado, Jucelino pediu a Ronaldo Rodrigues Ferreira que matasse Lilian. “O Ronaldo devia de R$ 20 mil a R$ 30 mil e disse que faria o serviço, resolveria esse problema que o Juscelino narrava que tinha, em troca da quitação da dívida”, disse Martimiano.
#Com informações do G1 Goiás