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Justiça de Goiás revoga prisão preventiva de Mateus Martini de Mello, acusado em esquema de lavagem de dinheiro

A Justiça de Goiás revogou a prisão preventiva de Mateus Martini de Mello, irmão do empresário Vinícius Martini de Mello, em decisão proferida pela juíza Placidina Pires, da 1ª Vara Estadual de Organização Criminosa e Lavagem de Capitais.

Mateus foi recentemente denunciado pelo Ministério Público no âmbito da Operação Deméter, que investiga um suposto esquema de organização criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro, envolvendo prejuízos bilionários a produtores rurais de Rio Verde, no interior do Estado. A decisão da juíza foi vista como um alívio para o acusado, que estava preso desde o mês passado, e gerou uma reação favorável de sua defesa.


O advogado de Mateus, Gilles Gomes, comemorou a decisão, afirmando que ela está alinhada com a jurisprudência do Tribunal de Justiça de Goiás, do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal. Em nota, o defensor argumentou que as provas apresentadas até o momento não confirmam a prática de crimes por Mateus, Vinícius ou outros acusados, como Camila Rosa Melo, esposa de Mateus. Segundo o advogado, a investigação se baseia em uma “indevida utilização de expedientes criminais” com o objetivo de pressionar o cumprimento de contratos, e não em práticas ilícitas relacionadas à organização criminosa.


Este desfecho ocorre após outra decisão relevante relacionada ao caso, quando, no início deste mês, o Tribunal de Justiça de Goiás (TUGO) concedeu uma liminar para substituir a prisão preventiva de Camila Rosa Melo, esposa de Mateus, por prisão domiciliar, com restrições que incluem a proibição de contato com outros investigados e testemunhas. A Operação Deméter segue sendo uma das maiores investigações em Goiás, com desdobramentos que podem envolver outros envolvidos no esquema de lavagem de dinheiro e fraudes contra os produtores rurais.