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Pacote fiscal de Lula eleva IOF e reacende críticas sobre aumento da carga tributária

O novo pacote fiscal anunciado no fim de maio pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) congelou R$ 31,3 bilhões em despesas do orçamento e aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), medida que reacendeu debates sobre o peso da carga tributária no bolso dos brasileiros.

A decisão provocou reações nas redes sociais, onde voltou a circular a alcunha de “Taxad” atribuída ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em alusão à constante elevação de tributos promovida durante sua gestão. Especialistas e opositores ao governo alertam para a crescente pressão fiscal sobre os contribuintes, que enfrentam custos elevados em meio a um cenário econômico de lenta recuperação.


Desde o início do atual mandato, o governo Lula já anunciou 24 medidas de criação ou aumento de impostos, o que equivale a, em média, uma nova tributação a cada 37 dias. Entre essas medidas, algumas foram revogadas ou tiveram curta duração, enquanto outras ainda aguardam tramitação no Congresso Nacional. No entanto, a maior parte já está em vigor e tem impacto direto sobre empresas e consumidores. A elevação do IOF, em especial, afeta operações cotidianas como compras internacionais e financiamentos, ampliando o alcance das medidas arrecadatórias para além do setor corporativo.


Com o conjunto dessas ações, o Brasil atingiu recentemente o maior nível de carga tributária da história, segundo dados de instituições que acompanham a política fiscal do país. A justificativa oficial para os ajustes é a busca pelo equilíbrio das contas públicas e o cumprimento das metas fiscais estabelecidas pelo governo, mas as críticas ao aumento contínuo da arrecadação sem uma contrapartida clara em serviços ou desoneração se intensificam.