Planos de saúde para PMEs e MEIs terão reajustes menores a partir de maio, apontam bancos
As principais operadoras de planos de saúde do país anunciaram os novos percentuais de reajuste para contratos empresariais de pequenas e médias empresas (PMEs) e microempreendedores individuais (MEIs), com até 29 beneficiários.

Os aumentos começam a valer a partir deste mês e, diferentemente dos planos individuais regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), são definidos livremente pelas operadoras. Relatórios de análise dos bancos BTG Pactual e Itaú apontam que, apesar da alta, os reajustes deste ciclo — válido até abril de 2026 — serão inferiores aos aplicados no período anterior, encerrado no último mês.
De acordo com o Itaú, essa desaceleração no aumento se deve a uma série de melhorias operacionais registradas pelas maiores operadoras do setor, como a redução do custo por beneficiário, o aperfeiçoamento dos controles contra fraudes e a otimização da rede de prestadores. Essas mudanças impactaram diretamente a composição dos custos das operadoras, reduzindo a necessidade de repasses agressivos aos contratantes. O banco reforça que já era esperada uma moderação nos percentuais aplicados neste ciclo, e os dados confirmam essa expectativa, mesmo diante do cenário de pressão financeira enfrentado pelo setor.
Já a análise do BTG ressalta que os planos para PMEs representam cerca de 15% do total de beneficiários do mercado e, mesmo com o crescimento de ações judiciais e bloqueios relacionados a decisões judiciais, o impacto nos preços foi menor do que se previa. O relatório destaca que algumas operadoras até sinalizaram possíveis reajustes adicionais de 1 a 2 pontos percentuais em ciclos futuros, mas os dados atuais não sustentam, por ora, uma elevação generalizada. A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) lembra que os reajustes para esse tipo de contrato ocorrem no aniversário de vigência, respeitando o ciclo de maio de um ano a abril do ano seguinte.