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Salário mínimo aumenta, mas ainda está longe de garantir dignidade, alertam especialistas

O novo salário mínimo de R$ 1.518,00 começou a ser pago em fevereiro, representando um reajuste de 7,5% em relação ao valor anterior de R$ 1.412.

No entanto, especialistas afirmam que o aumento ainda está muito aquém das necessidades básicas da população. A pós-doutora Ivone Vieira Pereira, membro do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás, destaca que uma família precisaria de pelo menos R$ 7.100 para viver com dignidade no Brasil, uma diferença alarmante em relação ao que é pago atualmente.


Mesmo com o reajuste superior à inflação oficial de 2023, que ficou próxima de 5%, a especialista alerta que o aumento não representa um ganho real para os trabalhadores. Segundo ela, os índices utilizados para medir a inflação nem sempre refletem os custos reais da população, e o poder de compra segue reduzido. “O reajuste é de 7,5%, mas não impacta significativamente no bolso do trabalhador, que continua enfrentando dificuldades para arcar com as despesas básicas”, ressalta Ivone.


Diante desse cenário, a recomendação dos especialistas é um planejamento financeiro rigoroso para evitar dificuldades ao longo do mês. “É fundamental administrar bem o dinheiro, definir prioridades e evitar ao máximo empréstimos, pois as taxas de juros estão altíssimas, tornando a dívida um peso ainda maior”, aconselha Ivone. Enquanto isso, milhões de brasileiros seguem lidando com a dura realidade de um salário mínimo que não acompanha o custo de vida, tornando cada vez mais difícil garantir uma vida digna para suas famílias.