Acusado de matar Larissa Araújo é condenado a 46 anos de prisão

Após horas de julgamento, Jefferson Erivaldo da Silva Nascimento, foi condenado a uma pena de 46 anos, 9 meses e 10 dias de prisão. O júri, composto por cidadãos da comunidade, deliberou sobre os crimes de cárcere privado, roubo, homicídio, furto qualificado, ocultação de cadáver e estupro de vulnerável.

Amigos e familiares estiveram presentes no tribunal para acompanhar de perto o desenrolar do julgamento que começou às 9h desta quinta-feira (4). Todos esperavam por uma condenação máxima de 40 anos para o acusado, em busca de justiça para as vítimas e suas famílias.

A sentença determina que Jerffeson da Silva não poderá recorrer em liberdade, representando um alívio para a comunidade afetada pelos atos. Durante o processo, o réu confessou ter asfixiado a vítima até a morte e admitiu ter mantido relações sexuais com ela após o falecimento.

Entretanto, Jerffeson se recusou a responder algumas perguntas, alegando falta de memória em relação a certos eventos do dia do crime. Ele afirmou não conhecer a vítima e admitiu ter invadido a residência pulando o muro, encontrando a porta destrancada.

Em depoimento, o réu alegou ter passado o dia do crime consumindo álcool e drogas, perdendo parte das lembranças daquele dia, inclusive sobre o acidente de carro que se seguiu ao crime.

O caso 

Jefferson foi detido em 2 de outubro de 2023, após um acidente de trânsito onde o carro que dirigia, com o corpo da vítima oculto no porta-malas, capotou na BR-060.

As investigações conduzidas pela Polícia Civil de Rio Verde apontaram que Jefferson invadiu a residência de Larissa, que estava sozinha naquele momento, com a intenção de roubar. Além do roubo, o acusado também cometeu abuso sexual contra a vítima, culminando no assassinato causado por asfixia por estrangulamento. Os exames forenses realizados confirmaram a presença de material genético do acusado no corpo da jovem.

Após cometer o crime, o réu tentou fugir pela BR-060 utilizando o veículo da vítima, porém, acabou capotando o carro. O corpo de Larissa, envolto em lençóis e cobertores, foi lançado para fora do veículo, expondo o terrível crime.

Além do roubo do veículo, o suspeito também teria saqueado objetos da casa, incluindo um botijão de gás e uma televisão. O delegado Adelson Candeo declarou: “Esse carro era dela, estava na garagem. Os objetos que estavam dentro também eram pertences dela. Acreditamos na possibilidade de ter entrado na casa para fazer um furto, acabou progredindo para um estupro e retirou o corpo do local para evitar provas”.

Jerfeson Erivaldo, natural do Rio Grande do Norte, havia cumprido pena no estado entre os anos de 2017 a 2023 por crimes de furto e roubo, sendo solto em junho deste ano. Registros da Polícia Militar indicam que o suspeito teve mau comportamento em algumas ocasiões durante o período de encarceramento, resultando em advertências.