, de de

Aulas em Goiás podem retornar em agosto, com modelo de rodízio

A previsão é de que as aulas voltem em agosto, podendo alterar a data, conforme o cenário da pandemia no estado.

Imagem: Internet

Em relação a volta às aulas no estado de Goiás, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc-GO), seguindo a nota técnica da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), afirmou que a volta das aulas presenciais nas escolas da rede pública estadual devem contar com um sistema de rodízio entre os estudantes, mesclado com ensino remoto, e prioridade para alunos sem acesso a internet.

A previsão é de retorno em agosto, mas a data pode ser revista em julho e ser modificada, dependendo do cenário da pandemia do novo coronavírus no estado. Mas independente da data de retorno, a forma como as atividades escolares presenciais serão retomadas ainda está sendo definida. 

Em relação a isto, a participante do gabinete de crise, a promotora Cristiane Marques de Souza, do Ministério Público de Goiás (MP-GO), conta que já há um consenso de que os primeiros momentos do retorno às aulas seja destinado aos estudantes não só sem internet, mas também sem outras ferramentas. “Alguns têm acesso a internet, mas não têm condições de entender, apostilas, pais disponíveis. As consequências da pandemia para a Educação vão ser sentidas a partir de agosto. A partir do retorno vamos conseguir ter dados mais concretos”, avalia Cristiane. A promotora lembra que a volta das aulas presenciais deve ser pensada com muito cuidado e que ainda há muitas outras questões que vão entrar no planejamento de retorno. “Tem que pensar que não é só aula, é estágio de convivência, é transporte escolar, merenda. É uma logística muito complexa que demora a ser estruturada.” Cristiane é coordenadora da Área de Infância, Juventude e Educação do Centro de Apoio Operacional do MP-GO.

As escolas e secretarias municipais de Educação que adiantaram as férias escolares de julho para o mês de maio terão que repor as aulas, segundo o presidente do Conselho Estadual de Educação de Goiás (CEE-GO), Flávio Roberto de Castro. De acordo com ele, a maior parte dos colégios seguiram o calendário acadêmico, mas uma minoria antecipou férias. “Essas unidades vão ter que fazer um calendário separado de reposição. Ainda será avaliada a forma.” Segundo Flávio, só não será necessária a reposição no caso do ensino infantil, que a legislação brasileira permite cumprir até 60% da carga horária.

A preocupação também está entre as Faculdades de Goiás. O retorno das aulas práticas em faculdades privadas está funcionando como uma maneira das instituições de ensino começar a se adaptar para o retorno das aulas presenciais. Segundo o presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Educação Superior do Estado de Goiás (Semesg), Jorge de Jesus Bernardo, as atividades práticas retornaram com estágios na área da saúde e depois com laboratórios e clínicas. “As aulas práticas estão ocorrendo sob controle, com poucos alunos, quatro, cinco, não muitos. Mesmo turmas grandes são divididas, há equipamento de proteção individual e supervisão”, explica Jorge. O retorno das aulas práticas é priorizado para estudantes que estão no último ano de graduação. O Ministério da Educação (MEC) não autoriza a conclusão de cursos sem atividade prática obrigatória.


#Com informações do O Popular