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Brasil sobe cinco posições no ranking da ONU e é classificado como país de alto desenvolvimento humano

O Brasil subiu cinco posições no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) nesta terça-feira (6), ocupando agora a 84ª colocação entre 193 países e territórios analisados.

O índice brasileiro foi registrado em 0,786 para o ano de 2023, superando o resultado de 0,778 obtido no relatório anterior. A edição deste ano do estudo traz como tema “A matter of choice: People and possibilities in the age of AI” (“Uma questão de escolha: pessoas e possibilidades na era da IA”), e discute o impacto da inteligência artificial na construção de sociedades mais igualitárias, sustentáveis e orientadas ao bem-estar humano.


O IDH é um índice composto que avalia três dimensões básicas do desenvolvimento: longevidade (medida pela expectativa de vida ao nascer), educação (analisada por meio dos anos esperados e médios de escolaridade) e padrão de vida (calculado pela renda nacional bruta per capita). Mesmo com a melhora no ranking e o Brasil classificado como país de alto desenvolvimento humano — faixa que inclui os países com IDH entre 0,700 e 0,799 —, os dados indicam uma desaceleração do crescimento ao longo das últimas décadas. De 1990 a 2000, o IDH brasileiro crescia a uma média anual de 0,91%. Já entre 2010 e 2023, esse avanço caiu para 0,42% ao ano, o que acende um alerta sobre os desafios estruturais ainda presentes no país.


No panorama geral, a Islândia lidera o ranking com um IDH de 0,972, seguida por Noruega e Suíça, ambas com 0,970. Na América do Sul, o Brasil ocupa a 4ª colocação entre os países com dados divulgados, ficando atrás de Uruguai (48º, 0,815), Peru (79º, 0,794) e Colômbia (83º, 0,788). O novo relatório do Pnud destaca que o avanço tecnológico, especialmente com o crescimento da inteligência artificial, pode ampliar desigualdades existentes se não for acompanhado por políticas públicas inclusivas e investimentos em educação, saúde e inovação social.