Deputada Marussa Boldrin denuncia ex-marido por violência doméstica e rompe silêncio após anos de agressões
A deputada federal Marussa Boldrin (MDB-GO) tornou pública nesta segunda-feira (28) uma denúncia de violência doméstica envolvendo seu ex-marido, Sinomar Júnior, ex-superintendente da Secretaria de Esporte e Lazer de Goiás.

Em uma carta aberta publicada nas redes sociais, intitulada “Por todas as mulheres que já silenciaram sua dor”, Marussa relatou ter sido vítima de agressões físicas, violência psicológica e moral durante anos de um relacionamento que classificou como abusivo. A parlamentar, que possui atuação expressiva na bancada feminina da Câmara dos Deputados, afirmou ter registrado boletim de ocorrência, realizado exame de corpo de delito e solicitado medida protetiva com base na Lei Maria da Penha após o segundo episódio de agressão física, ocorrido este ano.
No desabafo, Marussa revelou que, durante muito tempo, manteve-se em silêncio por medo, vergonha e esperança de mudança, acreditando que a maternidade poderia transformar a dinâmica abusiva. “Me calei por medo, por vergonha, por acreditar que tudo ia mudar”, escreveu, relatando que até mesmo uma nova gravidez foi motivada pela tentativa de “corrigir a rota do abuso com amor”. No entanto, segundo ela, os episódios de violência se intensificaram, e o que restou foi uma rotina marcada por xingamentos, ameaças, humilhações e sofrimento. Em seu relato, a deputada também revelou que o ex-marido voltou a se aproximar apenas depois de perceber seu crescimento político, evidenciando um interesse que ela classificou como oportunista.
O caso expõe a dura realidade enfrentada por muitas mulheres, independentemente de sua posição social ou influência política, e reforça a importância da denúncia e do acolhimento às vítimas de violência. O Olha Goiás manifesta solidariedade à deputada Marussa Boldrin, reconhecendo sua coragem em trazer à tona sua história e em dar voz a tantas outras mulheres que ainda vivem silenciadas pela dor. A expectativa agora é que a Justiça atue com rigor e que a denúncia sirva como impulso para o fortalecimento de políticas públicas de proteção às mulheres em Goiás e em todo o Brasil.