Dourado: o peixe que virou símbolo da conservação da biodiversidade no Pantanal
Em 2019, o dourado ganhou proteção contra a pesca em todo o território de MT e MS, depois de dez anos de proibições locais.

O pantanal mato-grossense possui cerca de 300 espécies conhecidas de peixes em toda sua extensão do vasto Rio Paraguai em centenas de quilômetros de afluentes. O Dourado, peixe conhecido como o “rei do rio”, por conta de seu comportamento de predador e por seus belos saltos para fora da água, ganhou neste ano uma proteção diferenciada dos demais: Seu abate está proibido em todo o território de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Isso quer dizer que os pescadores podem fisgar o peixe, mas não matá-lo. Se alguém soltar a linha no rio e um dourado morder a isca, a orientação é não provocar ferimentos e devolvê-lo à natureza o quanto antes.
Não existiam evidências científicas concretas quando, em 2009, Cáceres (MT), se tornou o primeiro município a proteger o dourado em seus rios, o que permitindo que os pescadores apenas retirassem o peixe do anzol e o devolvessem à natureza. Mas também não faltavam impressões com base nas observações, de que os tamanhos dos dourados capturados eram cada vez menores.
Em 2012, o estado de Mato Grosso seguiu os passos de Cáceres; no ano seguinte, foi a vez do município de Corumbá (MS). Em janeiro de 2019, o abate do chamado "rei do rio" se tornou proibida em todo o território de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Foi assim que o dourado se tornou o símbolo das políticas de conservação da biodiversidade na região.