Goiânia mantém tarifa de ônibus entre as mais baratas do Brasil, mesmo com reajuste técnico

Embora o custo operacional da tarifa tenha subido de R$ 9,38 para R$ 10,50, o valor pago pelos usuários permanecerá em R$ 4,30. Essa decisão é sustentada por subsídios significativos do poder público, que cobre 82% dos custos do sistema. Em 2024, a Prefeitura de Goiânia e o Governo de Goiás destinaram, cada um, R$ 194 milhões para equilibrar as despesas do transporte coletivo, um aumento expressivo de 60% em relação ao ano anterior. Além disso, municípios como Aparecida de Goiânia, Trindade e Senador Canedo contribuem com 17,6% do subsídio total, reforçando o compromisso com a manutenção do preço acessível para a população.

Durante entrevista coletiva, o prefeito Sandro Mabel reafirmou que o valor da passagem não será alterado, destacando que a prioridade é garantir o acesso ao transporte público sem onerar os usuários. Ele também anunciou que, com as melhorias previstas para o sistema, há expectativa de uma redução na tarifa técnica até 2026, medida que poderá aliviar a dependência de subsídios e beneficiar ainda mais a população. Mabel enfatizou que, mesmo com os desafios financeiros, Goiânia permanece entre as capitais com as tarifas mais baratas do país, destacando o compromisso de sua gestão em priorizar o bem-estar dos cidadãos e a eficiência do serviço.

De acordo com o ranking nacional de tarifas, Goiânia ocupa a nona posição entre as capitais mais econômicas, à frente de grandes centros como Fortaleza (R$ 4,50) e Salvador (R$ 4,90). Capitais como Rio Branco (R$ 3,50) e Macapá (R$ 3,70) lideram a lista, mas com sistemas de transporte proporcionalmente menores e menos onerosos. A posição de destaque no ranking reflete a articulação entre governos estadual e municipal para manter o equilíbrio financeiro do sistema e reafirma a importância do transporte público acessível para o desenvolvimento urbano sustentável.