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Goiás também amadurecia durante a Independência do Brasil

Ao olharmos para a época em que o país teve sua independência, notamos o que Goiás viria a se tornar.

Quando se fala em Independência do Brasil, pensamos apenas no país como um só, mas nunca paramos para pensar nos estados e em suas realidades distintas. Dia 7 de setembro é a data que marca uma série de mudanças, inclusive para Goiás, quando, em 1822, às margens do Ipiranga, Dom Pedro proclamou independência.

Segundo um artigo de Sergio Paulo Moreyra, do Instituto de Ciência Humanas e Letras da Universidade Federal de Goiás, “No final da segunda década do século XIX, Goiás teria pouco mais de cinquenta mil habitantes, dos quais cerca de vinte mil eram escravos”.

Ele define que Goiás era dividido em apenas duas comarcas: a do Sul, com sede na capital, Goiás, concentrando 61% da população total (82% com pessoas brancas) e apenas o Sudoeste, onde fica Rio Verde, era um vazio total. Ao Norte, onde a sede da comarca era a Vila de São João da Palma, a população concentrava-se a nordeste e, descendo os rios, além de Porto Real, só existia a povoação da Carolina.

Nesse período, a mineração estava em decadência em Goiás, surgindo o desenvolvimento acelerado da agropecuária. Isso fez com que o crescimento urbano não acontecesse como em outros locais. “Assim, no momento da Independência, o acesso ao conhecimento e compreensão do que ocorria nas outras províncias, no Rio de Janeiro e na Metrópole, estava restrito a um pequeno número de grandes proprietários”, afirma Moreyra.

Ao final do século XIX e início do XX, Goiás já era um estado rico, por causa da agropecuária e das ferrovias. Mesmo sem grande crescimento das zonas urbanas, já havia uma consistência econômica e social. Basicamente, as mudanças desde a independência deram maior tranquilidade para crescer e lutar com um governo independente.