Morre Papa Francisco aos 88 anos: primeiro pontífice latino-americano deixa legado de fé, humildade e compromisso social
O Vaticano confirmou, na manhã desta segunda-feira (17), a morte do Papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, aos 88 anos.

Em nota oficial, o Vaticano afirmou que “o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai”, destacando que toda sua vida foi marcada pelo serviço ao Senhor, pela defesa incansável dos mais pobres e marginalizados e pelo testemunho autêntico do Evangelho. “Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino”, diz o comunicado.
Natural de Buenos Aires, Argentina, Francisco foi o primeiro papa latino-americano da história e também o primeiro jesuíta a assumir o cargo máximo da Igreja Católica. Sua eleição, em 13 de março de 2013, marcou uma série de rupturas com a tradição, inclusive pelo fato de suceder Bento XVI, que renunciou ao papado — algo inédito na era moderna. Durante seu pontificado, Francisco conquistou admiradores e críticos com seu estilo simples, sua postura progressista em temas sociais e sua firme defesa da ecologia, da justiça social e da paz. Ele rejeitou privilégios do cargo, promoveu reformas internas e aproximou a Igreja de fiéis que se sentiam distantes da instituição.
Mesmo enfrentando problemas de saúde nos últimos anos, Papa Francisco seguiu ativo em agendas internacionais, pronunciamentos e na condução de debates importantes dentro e fora da Igreja. Sua morte encerra um ciclo histórico, deixando uma marca profunda na espiritualidade contemporânea e no diálogo inter-religioso. Fiéis do mundo inteiro já se preparam para os ritos de despedida que ocorrerão nos próximos dias no Vaticano, enquanto líderes mundiais, religiosos e chefes de Estado enviam mensagens de pesar.