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Urso Robinho, do Zoológico de Goiânia, deve ser transferido para São Paulo por decisão judicial

De acordo com a decisão o Urso deve ser transferido para outro estado por conta dos maus tratos sofridos no Zoológico.

Imagem: Internet

Uma decisão da Justiça de Goiás, assinada pelo juiz Sebastião Fleury, na última sexta-feira (14), determinou que o urso Robinho, conhecido no Zoológico de Goiânia, seja transferido para o santuário Rancho dos Gnomos em Joanópolis, no interior de São Paulo. 

A ação é do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, que afirma que o animal vem sofrendo maus-tratos e vive em desconforto por ser natural do clima frio, o oposto do clima de onde vive.

Por meio de uma nota, a Prefeitura de Goiânia disse que vai recorrer da decisão assim que for intimada. De acordo com a administração da capital, o zoológico não chegou a ser visitado para que o processo pudesse ter provas das acusações apresentadas.

No processo, a instituição afirma que habitat natural de ursos como o Robinho é o “norte do Canadá ou na região siberiana da Rússia, locais onde as temperaturas chegam a trinta e oito graus negativos, o que contrasta com as altas temperaturas da cidade de Goiânia”.

O órgão denunciou que o animal sofre maus-tratos no local e de acordo com o Fórum, a sociedade goiana foi quem procurou a instituição para relatar a situação do urso. Segundo a acusação, Robinho vive "em ambiente desconfortável, insalubre e quente, de dimensões pequenas, sem enriquecimento ambiental que pudesse diminuir o sofrimento do animal".

Na interpretação do juiz, “o animal em questão está submetido á ambiente diversamente oposto ao seu habitat natural”, por isso será beneficiado com a transferência, que deve ainda ser feita com recursos do Fórum que entrou com a ação.

Decisão Anterior

Anteriormente já existia uma ação para a transferência do urso, mas a magistrada Jussara Cristina Oliveira Louza, afirmou que não houve perícia que comprovasse os maus-tratos denunciados pelo Fórum. 

A juíza defendeu a realização de exames "a fim de apurar se há ou não o comprometimento da saúde e bem-estar do animal no atual local em que se encontra". 

Também no documento, ela afirmou que "a mudança de ambiente do animal, nesta fase inicial do processo, pode produzir mais malefícios do que benefícios, sendo certo que o animal, havendo transferência provisória, também sofrerá com a ambientação no novo local".