Vacina oral contra poliomielite não será mais aplicada no Brasil
Aplicação injetável garante maior eficácia, afirma o Ministério da Saúde
Desde esta segunda-feira (4), o Ministério da Saúde anuncia uma importante mudança na vacinação contra a poliomielite: a vacina oral poliomielite bivalente (VOPb), conhecida popularmente como gotinha, será substituída por uma dose da vacina inativada (VIP), que é injetável. Essa alteração visa alinhar o esquema vacinal do Brasil às práticas já adotadas por países como Estados Unidos e diversas nações europeias.
A mudança tem como objetivo garantir maior eficácia na imunização, com um novo esquema que incluirá três doses da vacina injetável, administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade, além de uma dose de reforço aos 15 meses. O Ministério da Saúde já enviou orientações aos estados para que os municípios se preparem para a implementação das novas diretrizes.
As doses da vacina oral poliomielite bivalente ainda lacradas em estoque nos municípios serão recolhidas até o dia 31 de novembro. A partir de hoje, apenas as doses da vacina injetável estarão disponíveis nas salas de vacinação.
Apesar da substituição da vacina oral, o famoso personagem Zé Gotinha, criado nos anos 1980 para incentivar a adesão das famílias à vacinação, continuará sendo um símbolo da imunização no Brasil. O diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), Eder Gatti, destacou a importância de Zé Gotinha na educação e na luta contra as fake news sobre vacinas: “Ele seguirá firme nas ações de conscientização e na missão de salvar vidas.”