PF deflagra nova fase da Operação Corisco Turbo em Goiás e mira esquema bilionário de contrabando de celulares
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (13) uma nova fase da Operação Corisco Turbo, que investiga um vasto esquema de importação ilegal de celulares e lavagem de dinheiro, com ramificações em Goiás.

De acordo com a PF, os investigados são suspeitos de movimentar mais de R$ 1,6 bilhão nos últimos cinco anos, com a entrada irregular de mais de 500 mil aparelhos eletrônicos no país sem o devido recolhimento de impostos. As fraudes envolvem práticas como subfaturamento de mercadorias, ocultação de patrimônio e uso de rotas clandestinas de importação, com possível participação de portos e agentes de logística.
Nesta terceira fase da operação, os agentes da PF cumpriram quatro mandados de busca e apreensão em território goiano, sendo dois em Goiânia e dois em Anápolis. Os alvos são novos suspeitos identificados no decorrer das investigações, que tiveram início em julho de 2024. A corporação não confirmou prisões até o momento, mas apreendeu documentos, aparelhos eletrônicos e outros materiais que agora passam por análise forense. Nas fases anteriores da operação, a PF já havia executado 51 mandados de busca em sete estados e no Distrito Federal, além de realizar o sequestro de aproximadamente R$ 280 milhões em bens, entre imóveis, veículos de luxo e contas bancárias.
Os crimes investigados incluem descaminho, organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas — todos com penas elevadas e impacto direto na arrecadação pública. Segundo a PF, a operação é considerada uma das maiores já realizadas contra o contrabando e a lavagem de dinheiro no setor de eletrônicos, com indícios de atuação transnacional. As apurações seguem sob sigilo judicial, e novas medidas judiciais podem ser adotadas nas próximas semanas.